Desde
meus primeiros anos de vida na escola, frequentei escolas públicas e
de origem humilde. Comecei a trabalhar aos 10 anos juntamente com meus
quatros irmãos. A minha mãe
era professora da rede municipal e o meu pai era agricultor, não
puderam nos oferecer bens materiais, porém sempre fizeram questão que
estudássemos, nos fazendo acreditar que o estudo seria uma forma digna
de prosperar na vida e conseguirmos a emancipação.
Com essa perspectiva, acreditei e sempre tentei dar o melhor de mim, nunca fui aluno destaque, no entanto sempre consegui nota maior ou igual à média. Sempre me identifiquei com Ciências e ao cursar a 8ª série, hoje 9º ano, tive a certeza de que tinha vocação para o estudo de ciências. Muitas vezes questionava minha professora de Ciências, querendo entender os astros, a Química Industrial e ela, Dona Socorro, Professora da Escola Estadual Monsenhor Clóvis Duarte de Barros _ dizia: “Meu filho eu não sei lhe responder essas coisas, pois não entendo muito, mas tenho certeza que você vai estudar e se tornar um ótimo professor de Química, eu ainda vou aprender com você”. Aquele comentário ficou gravado em minha mente e desde então me dediquei com maior intensidade e vontade de vencer. Ao terminar a 8ª série me submeti a processo seletivo da Escola Técnica Federal de Alagoas (hoje IFAL) e graças a Deus fui aprovado no curso de Química Industrial, foi motivo de orgulho e felicidade para minha professora e minha família, naquele momento eu senti que parte do meu sonho começava a se realizar.
Com essa perspectiva, acreditei e sempre tentei dar o melhor de mim, nunca fui aluno destaque, no entanto sempre consegui nota maior ou igual à média. Sempre me identifiquei com Ciências e ao cursar a 8ª série, hoje 9º ano, tive a certeza de que tinha vocação para o estudo de ciências. Muitas vezes questionava minha professora de Ciências, querendo entender os astros, a Química Industrial e ela, Dona Socorro, Professora da Escola Estadual Monsenhor Clóvis Duarte de Barros _ dizia: “Meu filho eu não sei lhe responder essas coisas, pois não entendo muito, mas tenho certeza que você vai estudar e se tornar um ótimo professor de Química, eu ainda vou aprender com você”. Aquele comentário ficou gravado em minha mente e desde então me dediquei com maior intensidade e vontade de vencer. Ao terminar a 8ª série me submeti a processo seletivo da Escola Técnica Federal de Alagoas (hoje IFAL) e graças a Deus fui aprovado no curso de Química Industrial, foi motivo de orgulho e felicidade para minha professora e minha família, naquele momento eu senti que parte do meu sonho começava a se realizar.
Era
janeiro de 1987, eu tinha 16 anos, adolescente buscando um ensino de
qualidade e gratuito visando conseguir uma profissão. No primeiro ano
foi muito difícil e cansativo, a Secretaria Municipal de Educação só
possuía um ônibus para transportar os alunos para Maceió, e eram os
universitários que tinham prioridade nos assentos, os alunos de curso
técnico eram reservas das poltronas, ou seja, só se sentava quando um
universitário faltasse, era meu caso, viajar em pé, e quando o ônibus
quebrava apelava por carona, pois não tinha condições de pagar
transporte e nem podia levar falta, perdi muitas provas por esse motivo.
A partir do segundo ano as dificuldades amenizaram um pouco, pois, eu
estudava no turno matutino e passei a trabalhar como bolsista no turno
vespertino e noturno na biblioteca da ETFAL.
A
fase de bolsista na biblioteca foi muito importante para mim, pois eu
tinha acesso a todos os livros e nos momentos de folga estudava
bastante tomando gosto pela leitura. Foram quatro anos de muita
dedicação, superação e aprendizagem. Durante os quatro anos fui usuário
de carteirinha da merenda escolar, a chamada “gororoba” foram momentos
marcantes e divertido, principalmente as conversas e brincadeiras com
os colegas na fila do refeitório.
Assim
em 1992 conclui o curso técnico de Química industrial e ao estagiar na
Indústria de Laticínios São Domingos fui contratado e durante cinco
anos respondi pelo controle de qualidade da indústria. No mesmo ano
recebi o convite para assumir as turmas de Química do horário noturno
como professor contratado na Escola Estadual Carlos Gomes de Barros,
aceitei o convite e o desafio de assumir turmas de ensino médio onde o
mais jovem era eu: “O professor de química”. No começo senti um pouco
de medo e insegurança, minhas pernas tremeram, alguns alunos mais
velhos do que eu até perguntaram: “o que esse menino veio fazer aqui?”
Quando me apresentei como professor de química, foi uma surpresa para
todos. As primeiras aulas foram difíceis, mas logo peguei o ritmo e me
adaptei a nova realidade, foi uma experiência incrível, naquele momento
me senti realizado. Hoje percebo que falhei em determinados momentos
por não ter uma formação adequada, tinha muita vontade de continuar os
estudos, mas a necessidade de trabalhar era maior, continue lecionando
mesmo sem formação em licenciatura, cada aula era um laboratório para
mim. Sabia que era necessário ingressar no curso superior, porém só a
Universidade Federal de Alagoas oferecia o curso em Licenciatura em
Química, eu tinha que optar o trabalho ou o estudo, e mais uma vez a
necessidade falou mais alto, tive que continuar trabalhando adiando o
sonho da licenciatura em química [...]
Finalmente
em 2005 fui aprovado no vestibular da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte - UFRN no primeiro curso de Química a distancia no
Brasil, realizado na Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Conclui em
2010, atualmente leciono na Escola Estadual Rocha Cavalcanti e no cursinho popular da PJMP/UNEAL.
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