Aconteceu em
Fortaleza, Ceará. Por Tácita Gomides, Guilhermo Bonnotappa e Roberth Penachho
A professora
C. L. B, 50 anos, docente da Rede Pública do Ceará, teve sua bolsa roubada
dentro de um coletivo.
Na bolsa
havia R$ 1.100,00 (salário mensal de dois turnos da professora), talões de
água, luz, telefone celular, prestação de uma casa popular e contas de um
perfume da Avon e de uma bijuteria.
Ao ser
preso, o ladrão de iniciais C. A. A, 23 anos, não estava mais com nenhum
centavo.
No entanto,
para grande surpresa de todos, verificou-se que o "mão ligeira" havia
pago os talões de água, luz e a prestação da casa da professora.
Indagado por
nossa Equipe sobre os porquês de tão estranha atitude, o ladrão alegou somente
que:
"Minha
consciência pesaria ao lembrar que uma simples professora, tão injustiçada
pelos governos, corria o risco de ter água e luz cortadas, além de ameaças de
despejo por falta de pagamento da casa.
Sou ladrão,
mas sou honesto", justificou.
Questionamos
então por que ele não pagou também as prestações do celular, do perfume e da
bijuteria, uma vez que sobrou dinheiro.
"Tudo
isso aí é supérfluo, a professora pode devolver se não conseguir pagar, não sou
a favor de consumismo", concluiu.
Segundo um
advogado da Defensoria Pública, que fará a defesa do "justo
delinquente", sua pena será bastante reduzida em virtude dos procedimentos
humanos incomuns encontrados no caso.
A
professora, em um ligeiro depoimento a nossa Equipe, disse apenas que:
"Estou
muito emocionada, nunca esperei ser assaltada por um ladrão tão bom como
esse".
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