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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SECA BRABA EM ALAGOAS DIZIMA O GADO E AMEDRONTA O SERTANEJO, QUE NÃO TEM SOCORRO



A região do sertão e parte do agreste de Alagoas está novamente sofrendo o drama da seca, trazendo consequências desastrosas para a economia. Não existe mais pastagem. O gado está morrendo. A água virou algo raro na região. E falta alimentação para milhares de sertanejos. À longa estiagem, se acrescenta como uma sombra a mortal: são famílias que deixam a terra fugindo para cidades, perseguidas pela fome e pela sede. Roçados calcinados, pecuária dizimada, lavouras destruídas, desnudos os campos e o homem sangrando as mãos no solo que lhe recusa uma gota d’água, ou fugindo, pelas estradas sem fim, de cidade em cidade, em busca de migalhas de pão. São os “Vidas Secas”. Quem quiser, poderá vir ao agreste e sertão e verá a tragédia. A falta de chuvas deixa tudo esturricado, pertubando-se em consequência a economia e a vida da região. Devemos, pois, reparar-nos para atenuar os efeitos dessa calamidade, impedindo, através de obras de prevenção e da organização de nossa economia, o espetáculo que hoje a nação testemunha entristecida.
A pior seca dos últimos 50 anos

A tragédia da seca já tinha sido anunciada no início do ano, quando o governador Teotonio Vilela, aflito, denunciara que começaria este anos, após as eleições, a pior estiagem das últimas quatro décadas. Desde os anos de 1990, o tema – felizmente – havia sido esquecido, por razões objetivas. Agora, estudos da Sudene apontam que há motivos de sobra para preocupações.
Falar em seca é um perigo, principalmente porque os mecanismos de fiscalização, sejam aqueles dos movimentos sociais, sejam os oficiais, não cumprem o papel ao qual se propõem. Resultado: roubo e miséria – que andam lado a lado por estas bandas.

O governo federal anunciou o Bolsa Estiagem, para mitigar o sofrimento de cerca de 500 mil pequenos agricultores que sobrevivem no semiárido nordestino. Só aí, e não é pouco, serão gastos R$ 200 milhões.

Mais R$ 164 milhões vão para a distribuição de água por meio de carros-pipa. A menor parte do dinheiro vai para ações mais efetivas, com consequências além do curto prazo: serão R$ 60 milhões destinados à perfuração de poços.

Se há risco de uma boa parcela dessa grana ir parar no bolso de quem não devia? Só no período entre 2008 e  2010, a Controladoria-Geral da União, junto com a PF, descobriu um rombo – ou roubo – no Departamento Nacional de Obras Contra a Seca no valor de R$ 312 milhões. Um escárnio!

O povo, com sede, morrendo à míngua, pela falta do líquido precioso que se dane!!! Essa é a nossa Alagoas, infelizmente.

Fonte: http://www.tribunadoagreste.com.br/noticias/?vCod=3932

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