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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Secretaria de Educação acusa Cecília Carnaúba de artimanha política

De acordo com SEE, promotora trava guerra política por desejar a pasta. 'Meu trabalho é técnico', afirma promotora Cecília Carnaúba



Secretário de Educação Adriano Soares
A secretaria de Educação de Alagoas acusa a promotora Cecília Carnaúba, que entrou nesta segunda-feira (7) com uma nova ação civil pública contra o secretário de Educação, Adriano Soares, de artimanha política. De acordo com a secretaria, a promotora trava uma guerra política com o secretário por almejar a pasta comandada por Soares. Por meio da assessoria, o secretário informou que já deu as respostas necessárias à Justiça e que a ação da promotora “é infundada”.


De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, a promotora Cecília Carnaúba fragmentou uma ação de 2011 que cobrava a comprovação dos serviços prestados pela ABR Engenharia à SEE e está cobrando respostas que já foram dadas. “A ação é de um processo de 2011, ela está cobrando a mesma coisa de novo. Nós já encaminhamos a documentação que comprova o pagamento à construtora.”

Mas, segundo a promotora, a ação se justifica por ser relativa a uma segunda parcela do pagamento. “A ação é idêntica quando tem a mesma causa de pedir, ou seja, se eles cometeram o mesmo erro, serão cobrados novamente. Em 2011 foi a primeira parcela do pagamento, agora, na segunda parcela, as falhas foram praticamente as mesmas”, argumentou.

Cecília Carnaúba, da Promotoria da Fazenda Pública
Estadual. (Foto: Ascom/Divulgação)
Cecília Carnaúba disse ainda que o primeiro pagamento foi relativo a serviços diferentes dos que foram pagos na segunda parcela. Então, não há como se ter a mesma justificativa por serviços e valores divergentes. “Não importa quantos pagamentos acontecerem, se houver irregularidades, será uma ação diferente”, justificou a promotora.

Sobre as acusações de artimanha política, Cecília Carnaúba preferiu não se pronunciar. “Meu trabalho é técnico, eu não tenho nada a falar sobre qualquer outra conjectura”, finalizou.

 Irregularidades
A promotoria de Justiça da Fazenda Pública Estadual considerou ilegal o segundo pagamento, na ordem de R$ 564.611,18, feito pela SEE à empresa de engenharia diante da falta de comprovação do serviço prestado. A ação é semelhante a uma outra que foi impetrada em 2011.

Segundo a promotora Cecília Carnaúba, os gestores da Secretaria de Educação mantiveram o contrato junto à empresa de engenharia, realizando o pagamento da primeira e segunda parcela, mesmo diante do parecer contrário da Procuradoria Geral do Estado (PGE) de Alagoas.

“Há, neste contrato, uma série de irregularidades que jamais poderia permitir o andamento da ordem de serviço e o repasse de recursos. Primeiro porque o contrato foi feito diante da dispensa de licitação, depois porque a própria PGE deu parecer negativo, em seguida porque as planilhas apresentam incoerências como falta de padrão e métrica para justificar a mensuração do trabalho e definir o pagamento”, expôs Cecília Carnaúba.

Fonte http://g1.globo.com/al/alagoas


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