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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Quilo da farinha de mandioca sobe mais 400%, em Alagoas





Sertanejo que sou, habituei-me a misturar farinha de mandioca ao arroz com feijão, embora nem sempre o faça nos dias atuais.

Quando frequentava as feiras-livres de Batalha e Santana do Ipanema, no Sertão, deparava-me com farinha naquele precinho.

Nos comércios populares, o quilo da iguaria não superava os R$ 1,50. Nos supermercados, a gente pagava um pouquinho a mais.

Na última quinta, quando cumpria pauta para a Gazeta de Alagoas, a farinha mais barata com que me deparei custava R$ 4,00 o quilo.

Ao lado do saco cujo quilo custava R$ 4,00, havia farinha de R$ 6,00 reais. Ou seja: muito mais cara do que o quilo de arroz.

Qual a causa da carestia? Esperteza dos comerciantes? Voracidade lucrativa? Não. O preço subiu porque faltou matéria-prima.

Do diálogo com especialista no setor, recebi a informação de que a produção de raízes tinha caído 35%, no Agreste alagoano.

Com menos matéria-prima no mercado, há menos farinha empacotada. Consequência: o preço sofreria algum reajuste.

Outra explicação para a decolagem dos preços é o fato de a matéria-prima local ser vendida aos 'forasteiros' atravessadores.

Sem incentivo, em nosso território, para transformação da planta em farinha, há clara opção pela venda da planta in natura.

Que acontece? A raiz comprada por sergipanos e pernambucanos volta ao estado com valor agregado: devidamente empacotada.

E com preço 200% acima do quilo da raiz. Eis a razão pela qual a farinha, nos supermercados, está "os olhos da cara".

No domingo, em supermercado do bairro Graciliano Ramos, deparei-me com quilo de farinha custando R$ 5,75 centavos.

Quando comecei a comer farinha, não imaginava que virasse especiaria e que sofresse tamanha elevação.

Honestamente!

Fonte: www.maikelmarques.com


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