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sábado, 19 de outubro de 2013

A DIVERSÃO NOS CIRCOS

Lembranças do passado
Por Joaquim Maria
Foto: JMarcelofotos                  cantora Gretchen


Nas cidades de interior, na década de 70, ainda no século passado; as diversões dos cidadãos eram nas festas de santos nos bairros, na padroeira, nas juninas e o carnaval. Em algumas cidades havia cinema, onde eram exibidos os mais diversos gêneros, com maior ênfase para os filmes de faroeste e artes marciais. Vi muito dessas fitas no Cine Imperatriz em União dos Palmares.

Mas o que mais me agradava era quando chegava algum circo. Era uma festa. Quase todos os habitantes da nossa cidade, necessariamente, iriam passar uma noite agradável na companhia dos artistas circenses, entre risos e aplausos.  Mas a curiosidade levava as pessoas a acompanhar até a armação do picadeiro e de toda a estrutura da Companhia. Inclusive, se dizia que um bom circo era medido pelo estado de conservação da cobertura. A lona.

- “CIRCO BARCELONA, TEM MAIS BURACOS DO QUE LONA!” Diziam os garotos, numa forma de zombar da qualidade do material do circo. 
Mas existiam grandes Companhias Circenses como a do Orlando Orféi e o Circo Garcia, este último fechou suas portas no início do ano de 2003, depois de 74 anos de existência.
Tive a oportunidade de ver esses espetáculos dessas duas Companhias, quando instaladas para uma curta temporada em nossa cidade.

Em União, a cidade ainda era muito pequena e havia vários locais aonde poderiam ser instalados os circos. No local da atual prefeitura era um desses lugares. Era muito bom e no centro da nossa cidade. Mas também eram instalados na Cohab pois havia uma grande área sem casas o que dava uma boa acomodação para os circos de grande porte.

À noite, o espetáculo era impressionante. Os Palhaços, os malabaristas, as sensuais dançarinas, o mágico, o atirador de facas, os domadores de animais: leões, tigres, zebras, elefantes, macacos, (na época era permitido) o globo da morte, etc. Era tudo muito divertido. Eram profissionais do mais alto gabarito exibindo as suas performances para um público ávido por diversão. Todos queriam ir à estréia.

Carros de sons na rua exibindo os artistas e os animais, convocando a comunidade a participar do evento. Geralmente, no primeiro dia, tinha sempre uma promoção.

Hoje o que nós vemos nas periferias das pequenas cidades são circos sem estruturas onde o que se pode colher sobre a situação, são histórias de dificuldades e fracassos, pois até o circo, hoje depende da tecnologia para sobreviver; e isto não é barato. Requer um bom investimento para continuar atraindo o público. Mas mesmo com dificuldades o show não pode parar.

- E o palhaço, o que é?!
- É ladrão de mulher!!!

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