Por Joaquim Maria
Hoje ao ver a antiga casa de show Lua Nua em ruínas, é
inevitável não lembrar aqueles tempos onde nós podíamos ouvir uma boa música na
voz de Edvan (in memoriam), Ari, Eribério Veloso e Elaine Kundera, nos finais
de semana em União. Era um lugar simples, mas aconchegante e muito frequentado pela
nata da sociedade de União dos Palmares.
Prédio abandonado do Lua Nua |
O Bar funcionava todos os dias, mas as atrações eram
geralmente as sextas, sábados e feriados; quando a casa ficava lotada. O Lua
Nua foi um dos precursores da música ao vivo em nossa cidade.
Este tipo de atração em terras palmarinas, naquela época era
muito difícil. Mas eu sempre gostei de
música e de sair com os amigos para tomar algumas cervejas nos finais de semana
e até mesmo durante a semana. A turma era unida e gostava de “entornar”
algumas. Guardo comigo alguns locais aonde nós íamos nos divertir ao som de uma
boamúsica. Acho até que era o começo de tudo, ou seja, o começo desse tipo de
atração na nossa cidade.
Lembro-me de ter ido à quadra da Associação Atlética
Palmarina para ouvir MPB ao vivo, nas sextas-feiras, com alguns rapazes de União.
Outro ponto que também tinha a atração era o Hotel da Srª Josefa Duarte, que
fica em frente ao Ministério do Trabalho; também com o mesmo pessoal que fazia
este som na palmarina. Depois veio o
Chaplin, do Carlos Henrique Leite, que começou a trazer as melhores atrações de
Maceió, na época, neste estilo de música, como: Wellington e Allan Bahia, hoje
Allan Bastos; Osman de Palmeiras dos Índios, Pel Morais, entre outros. Pena que
a casa não durou muito tempo aberta. Antes do Chaplin, tivemos também o Nova
Mania do amigo Sérgio, localizado na Rua Hermano Plech, esquina com a Rua
Antonio Arecipo; que também fechou com pouco tempo de funcionamento.
Hoje em União, quando se fala em música ao vivo e de boa
qualidade, pensamos logo em Chimvbra’s Bar,
A melhor opção; como está no seu slogan; e que vem sobrevivendo e sempre inovando
o seu ponto de venda, tornando-se o principal ponto de encontro da sociedade
palmarina, principalmente nos finais de semana; mas com evidência para as
quintas-feiras, onde já podemos curtir o melhor da nossa música brasileira.
Antonio Ferreira, o nosso Chimbra, se não me falha a memória,
era proprietário de um trailer que ficava dentro da Praça Padre Cícero, antes
de mudar-se parar o local atual. Chimbra é um grande empreendedor!
Não podemos deixar de dizer que durante este período em nossa
terra, apareceram vários artistas e com estilos de músicas variados e que hoje
também fazem show em alguns bares ou churrascaria. Mas nada se compara a época romântica da
música ao vivo, nos barzinhos aconchegantes da nossa cidade.
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