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sábado, 13 de março de 2021

HISTÓRIAS DA POLÍTICA PALMARINA

Na política existem várias histórias verdadeiras e muitas inverídicas, mas sempre com um “fundo de verdade”.
Por Joaquim Maria


Aqui em União dos Palmares, existem e existiram as figurinhas carimbadas da política, com a sua performance (nem sempre vitoriosa) e sua maneira criativa de conseguir os votos, além da agressividade depois do fracasso na campanha eleitoral.

Era o caso de um candidato a vereador que depois de ter obtido uma quantia insignificante de votos, não podia ouvir alguém imitar o som do estouro de uma bomba ou o chamasse de “poca urna”, para que ele soltasse seus xingamentos, mesmo sendo evangélico; a quem lhe direcionasse a ofensa. O inferno era maior quando ele passava pela avenida principal, durante o finalzinho da tarde; justamente quando os estudantes saíam do dos colégios. Aí era a maior algazarra durante a passagem do nobre candidato de quase todas as eleições.

Outro candidato contumaz, que tinha uma doença respiratória que lhe fazia tossir muito; certa vez, em cima de um caminhão, em um comício; quando ele estava discursando, um garoto bem próximo do caminhão falou para sua mãe: - Olha mãe! Quem está falando é aquele vereador que só vive tossindo!  E o nobre candidato ouvindo a exclamação, fitou o pequeno e falou baixinho com a boca bem perto do microfone: - Feche o c... menino!

Aqui na cidade, além desses candidatos existem figuras que são muito importantes durante uma campanha eleitoral, pelas suas artimanhas e por alguns micos que cometeram.

Até hoje, nenhum vereador aceita chupar um confeito, antes de assumir o cargo, por conta do caso de um vereador, o mais votado, que morreu antes de assumir o mandato, devido ao suposto consumo de uma bala batizada.

Há quem diga que um candidato atirou no seu próprio carro para simular um atentado. O que ele não sabia é que algumas pessoas viram o seu gesto e a história foi por água abaixo. Fala-se na cidade que outro personagem, conhecido nesta região, servidor público; atirou na casa vazia de um candidato a prefeito, na tentativa de incriminar a outra coligação pelo suposto atentado.

Certa feita, no Povoado Rocha Cavalcante, na festa da padroeira, um famoso e folclórico político, autor da frase: -Quer me alugar a viúva?  Frase esta, dita quando o prefeito reclamou do trabalho que era administrar a prefeitura, a viúva; vinha saindo da sua casa, com uma calça de linho branco e camisa florida, com os cabelos bem penteados, lustrados com brilhantina; ao passar por baixo da roda gigante; recebeu uma saraivada de vômito, vindo do alto do brinquedo; sujando-o os cabelos e suas roupas bem passadas. 

Esta é a minha cidade e seus ilustríssimos moradores. 


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