Na política existem várias histórias verdadeiras e muitas
inverídicas, mas sempre com um “fundo de
verdade”.
Por Joaquim Maria
Aqui em União dos Palmares, existem e existiram as figurinhas
carimbadas da política, com a sua performance (nem sempre vitoriosa) e sua
maneira criativa de conseguir os votos, além da agressividade depois do
fracasso na campanha eleitoral.
Era o caso de um candidato a vereador que depois de ter
obtido uma quantia insignificante de votos, não podia ouvir alguém imitar o som
do estouro de uma bomba ou o chamasse de “poca
urna”, para que ele soltasse seus xingamentos, mesmo sendo evangélico; a
quem lhe direcionasse a ofensa. O
inferno era maior quando ele passava pela avenida principal, durante o
finalzinho da tarde; justamente quando os estudantes saíam do dos colégios. Aí
era a maior algazarra durante a passagem do nobre candidato de quase todas as
eleições.
Outro candidato contumaz, que tinha uma doença respiratória
que lhe fazia tossir muito; certa vez, em cima de um caminhão, em um comício; quando
ele estava discursando, um garoto bem próximo do caminhão falou para sua mãe: -
Olha mãe! Quem está falando é aquele
vereador que só vive tossindo! E o
nobre candidato ouvindo a exclamação, fitou o pequeno e falou baixinho com a
boca bem perto do microfone: - Feche o
c... menino!
Aqui na cidade, além desses candidatos existem figuras que
são muito importantes durante uma campanha eleitoral, pelas suas artimanhas e
por alguns micos que cometeram.
Até hoje, nenhum vereador aceita chupar um confeito, antes de
assumir o cargo, por conta do caso de um vereador, o mais votado, que morreu
antes de assumir o mandato, devido ao suposto consumo de uma bala batizada.
Há quem diga que um candidato atirou no seu próprio carro
para simular um atentado. O que ele não sabia é que algumas pessoas viram o seu
gesto e a história foi por água abaixo. Fala-se na cidade que outro personagem,
conhecido nesta região, servidor público; atirou na casa vazia de um candidato
a prefeito, na tentativa de incriminar a outra coligação pelo suposto atentado.
Certa feita, no Povoado Rocha Cavalcante, na festa da
padroeira, um famoso e folclórico político, autor da frase: -Quer me alugar a viúva? Frase esta, dita quando o prefeito
reclamou do trabalho que era administrar a prefeitura, a viúva; vinha saindo da sua casa, com uma calça de linho branco e
camisa florida, com os cabelos bem penteados, lustrados com brilhantina; ao
passar por baixo da roda gigante; recebeu uma saraivada de vômito, vindo do
alto do brinquedo; sujando-o os cabelos e suas roupas bem passadas.
Esta é a minha cidade e seus ilustríssimos moradores.
Muito boa lembrança.
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