Decisão judicial estabeleceu prazo de 180 dias para que a Prefeitura de
Maceió realizasse obras de acessibilidade no município, no entanto, até o
momento, as obras não foram iniciadas
O Núcleo de Direitos Coletivos e Humanos da Defensoria Pública do Estado
acionou a justiça alagoana, nessa quarta-feira, 20,
solicitando que sejam tomadas medidas coercitivas contra o Município de Maceió.
A medida visa assegurar o cumprimento de uma decisão, datada de dezembro do ano
passado, que ordenou a realização de intervenções urbanísticas para garantir a
acessibilidade em diversos pontos da cidade.
A petição, assinada pelo defensor
público Fabrício Leão Souto, pede a imposição de multa diária no valor de R$ 50
mil, para o Município, a intimação do Prefeito de Maceió a respeito da demanda,
bem como a imposição de multa de até 20% do valor da causa – quantia
equivalente a aproximadamente R$ 2 milhões, em caso de persistir o
descumprimento, além da advertência quanto a improbidade administrativa e crime
de desobediência.
A ação
Procurada por diversas pessoas com
deficiência física e mobilidade reduzida, a Defensoria Pública procura
solucionar questões de acessibilidade e mobilidade no município há mais de um
ano.
Após diversas tentativas de resolução
extrajudicial, tendo como base relatório da Associação dos Deficientes Físicos
de Alagoas (Adefal) a instituição ingressou com ação civil pública em face da
Prefeitura de Maceió, no começo do último mês de dezembro, pedindo obras de
acessibilidade. A ação teve liminar procedente e o juízo da 14ª Vara Cível de
Maceió instituiu prazo de 120 dias para a realização das obras.
Inconformada com a decisão, a Prefeitura
recorreu pedindo que o prazo fosse estendido para um ano. O Tribunal de Justiça
concedeu, então, mais 60 dias para o executivo municipal concluir as
intervenções urbanas.
Passados quase 100 dias do fim do prazo
estabelecido pela Justiça, as obras pleiteadas pela Defensoria ainda não foram
iniciadas.
Em União dos Palmares os
deficientes físicos tem enfrentado problemas similares com a falta de
acessibilidade, respeito , sensibilidade , sobretudo educação por parte dos gestores e comunidade. Não é evidenciado as políticas de acessibilidade em nosso municípios, todavia as cobranças são constantes, se não tivermos êxito nas nossas cobranças, não teremos outro meio, senão solicitar a intervenção da defensoria pública para fazer valer nossos direitos, destacou Manoel Simeão, presidente da Associação
dos Deficientes Físicos de União dos Palmares _ ADEFUP.
Fonte: Ascom
/ DPE-AL
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