Vereadores usam mais de três horas para reclamar do leite derramado (perda de cargos, opinião da imprensa,
supostas irregularidades) e bla bla, bla...
Após acompanhar mais uma sessão do Poder Legislativo de União
dos Palmares, o sentimento é de, angustia e decepção frente à guerra
travada entre os poderes e os próprios vereadores de União, os chamados grupos de G8 e G7.
O público que tem interesse pela cassação do prefeito
estiveram presente, a polícia só chegou ao local no final da sessão para
garantir a segurança dos Edis, no entanto a falta de comando da mesa diretora é clara, pois continuam as manifestações de apoio ao G8, mesmo com as
intervenções sem força e sem crédito da mesa diretora.
O projeto enviado pelo Poder Executivo que visa o remanejamento
e a suplementação orçamentária foi ocultado da pauta. O que chamou a atenção
foi à aprovação de um ofício de Paulo Cavalcante solicitando o afastamento da CEI dos quatro
vereadores acusados de quebra de decoro parlamentar. O vereador Bruno Praxedes acatou a decisão, porém prometeu recorrer à justiça.
Todavia, o que mais chamou a atenção na sessão foi o comportamento dos
parlamentares, as ironias e falta de respeito com os Edis e com o povo presente. Após
Toinho afirmar que não convalidou a CEI por entender que a mesma tomou rumo
político, sofreu um bombardeio de forma vergonhosa para não dizer covarde, indigno de um parlamentar.
Tita diz que o vereador correu para não ouvir as resposta; Paulo Cavalcanti colocou em cheque sua representação da
ADEFUP; Alan Elvis, que na sessão anterior chamou os manifestantes de maloqueiro, disse
que o vereador que está “acima da verdade” ironicamente e afirmou que quem manda nele é o assessor; Rafael
Pedrosa disse que ele correu tanto com medo de ouvir as respostas que esqueceu
até as muletas; Fabian disse que a única pedra que Beto colocou na cidade foi
no laboratório da esposa, solicitou sua presença na câmara, desde que venha "sem gaguejar" (...)
Mais chocante ainda foi ver o público presente que comprou a ideia e a briga do grupo, aplaudir esse comportamento. Também esperava a defesa do próprio Toinho ou dos
companheiros, no entanto o vereador citado se retirou do plenário e os companheiros não
deram uma palavra em defesa do amigo ou do seu ponto de vista que merece ser respeitado.
Portanto, com repúdio ou não, continuo achando que se os salários dos
vereadores fossem pagos mediante a avaliação de desempenho, não chegaria a um
salário mínimo.