Política
Por Olívia de Cássia
Por Olívia de Cássia
A política é cheia
de meandros e de situações ininteligíveis muitas vezes; tem uma face nojenta, de acordos
espúrios de virada de lado, de opiniões que não se sustentam e outras
características que vou aqui ocultar para não ser indelicada.
Sempre circulei
nesse meio, desde criança, influenciada pelo meu pai que era um apaixonado por
isso; para ele época de eleição era uma festa e se fosse vivo e lúcido agora,
avalio que sua empolgação já teria acabado.
Eu não quero e nem
vou entrar na discussão rasteira de difamar e enxovalhar quem quer que seja por
aqui, em época de eleição: seja de
direita, de esquerda, de centro, feio, troncho, bonito de olhos azuis ou de
outras qualidades e defeitos, mas causa-me espécie algumas aparições na mídia.
E vou logo dizendo
que tenho meus candidatos, mas está difícil de a gente escolher o’ menos ruim’.
Este senhor, que é candidato ao Senado à reeleição, eu não digo com soberba,
jamais, como diria minha mãe, não teria meu voto em circunstância nenhuma, nem
para síndico de prédio: ele e outros mais. Perdoem-me minha franqueza os seus
partidários, idólatras e aqueles que negociaram sua dignidade e seus mandatos.
Eu não teria como
votar numa criatura que ‘foi o responsável’ pelo agravamento do estado de saúde
da minha querida tia Ozória, irmã mais nova de mamãe, que veio a falecer com o
agravamento de seus problemas de saúde, vitimada pelo confisco da sua poupança,
que ela tinha acabado de fazer um depósito, por conta de uma casinha que tinha
vendido em União.
Eu não esqueço desse
fato que quase levou-a à loucura. Mas não é por essa questão apenas de
afetividade; é uma questão de princípio mesmo. E nesse contexto, quero declarar
minha indignação quando vejo postagem nas redes sociais de lideranças políticas
alagoanas enaltecendo ‘qualidades’ e a ‘importância’ de tal sujeito para a República.
Francamente, me dá
vergonha; sempre tive meus ideais e embora a maior parte deles tenha se perdido
no tempo, por conta das decepções que venho acumulando, ainda guardo comigo um
pouco de dignidade e coerência.
E peço novamente
desculpas àqueles que discordarem de mim, pois o contraditório faz parte da
democracia. Mas para os mais jovens que não têm conhecimento da história
política do País, recomendo o livro “Passando a Limpo, a trajetória de um
farsante’, livro de Pedro Collor de Mello e a jornalista Dora Kramer, que traz tudo o que as pessoas precisam saber,
para quem não sabe ainda ou já esqueceu; infelizmente eu emprestei o meu e não
devolveram.
E como disse o
jornalista Augusto Nunes em sua coluna, Elle continua o mesmo, ninguém se
engane. “Os brasileiros que votaram no candidato a presidente fantasiado de
caçador de marajás podem alegar que não sabiam o que estavam fazendo".
"Os alagoanos
que votaram no candidato a senador em 2008 e pretendem recolocá-lo sabem
perfeitamente o que fazem. Quem gosta da ideia de reprisar o pesadelo é um caso
clínico. Quem assiste passivamente ao seu recomeço merece experimentá-lo de
novo”, diz Nunes. Fica a dica para refletir nessa tarde. .
Fonte: blog
de Olívia de Cássia