Sem êxito na negociação, professores do município de União dos Palmares continuam em greve. Hoje pela manhã os profissionais da educação fizeram vigília de frente à prefeitura.
A diretoria do SINTEAL analisou a folha da SEMED e conclui
que o secretário não fez os cortes necessários, sacrificando a categoria para
garantir os apadrinhamentos políticos (pessoas que há décadas recebiam sem dá
um dia de serviço).
Adelino Ângelo, prometeu enviar todos os balancetes e
relatórios para a imprensa e Ministério Público, segundo ele, não há
possibilidade na atual conjuntura de viabilizar nenhum reajuste para a
categoria, pois os recursos previstos para esse ano ainda não garante o
pagamento total das folhas. Segundo os balancetes do 1º semestre apresentado a categoria, o secretário
anterior gastou metade do orçamento da educação (19 milhões) em cinco meses apenas, ou seja, a bomba uma hora ia estourar.
Segundo o vereador Fabian Holanda informou na sessão de segunda
feira, o secretário entrou na justiça solicitando a ilegalidade da greve, e
afirmou se a justiça julgar legal o movimento renunciará ao cargo, pois não
fará ilegalidade para deixar a categoria feliz e responder processo.
No entanto, na assembleia de aprovação da greve, a professora
Lila, reconheceu que existem vários professores que não trabalham há décadas e
diz que é necessário que justiça seja feita, todavia, não se pode penalizar
toda a categoria em função da falta de gerenciamento econômico e político.
Contudo, é necessário que o secretário esteja aberto ao
diálogo com a categoria e faça o que prometeu, divulgue os bastidores da SEMED de
União dos Palmares. É necessário compreendermos os números, os cortes, os
repasses do MEC, as despesas, os salários do baixo e alto escalão, os
contratos, o que é e não é necessário para o funcionamento da pasta.
Até o momento do fechamento da matéria, não conseguimos falar
com o secretário, precisamos ouvir os lados, e quem sabe abrir espaço para uma
discussão salutar que favoreça ambas as partes, o que não pode é nossos alunos
que já vem de um prejuízo de 120 dias fora da sala de aula.
Portanto se faz necessário a intervenção do Ministério Público.
O governo tem que assumir suas responsabilidades e dá satisfação a comunidade
de sua ausência, em todos os sentidos no município.