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terça-feira, 25 de agosto de 2015

DEMOCRACIA?

Por Amanda Carla


Participei (nesta quinta-feira 20/08/2015, das 9h às 13h30min) da Audiência Pública nº 06/2015, realizada na Câmara dos Vereadores, cujo assunto girou em torno do Plano Municipal de Educação (PME), mas precisamente a questão da “Ideologia de gênero”. Por tratar-se de um assunto bastante polêmico gerou-se muita discursão, intrigas e, por vezes, zombarias durante boa parte da audiência, como é de praxe.

Fiquei bastante intrigada com o fato das pessoas, em sua maioria leigas ao assunto propriamente dito, levantarem suas bandeiras de luta contra. Quando não, por vezes, se contradizendo em seus discursos individualistas e preconceituosos. Sim, preconceituosos, porque não adianta acreditarmos ou fingirmos acreditar que trabalhar a identidade de gênero (não a ideologia, como afirmam) em sala de aula é desnecessário, impreciso e que pode até acarretar a indução para com os alunos.

Pelo contrário, acredito que um dos objetivos do Plano Nacional de Educação (PNE), no que compete à identidade de gênero, seja introduzir com mais afinco o assunto em sala de aula, promovendo a discursão e o tratamento do mesmo no ambiente escolar que, sabemos, não é de hoje que se tenta trabalhá-lo, uma vez que já faz parte dos PCN’s (Parâmetro Curriculares Nacionais) no espaço dedicado aos Temas Transversais (como saúde, religião, ética, diversidade, sexualidade, orientação sexual, entre outros). Então, não se trata de novidade, como pensam.

Por isso, sou a favor, sim, de políticas públicas educacionais, políticas e sociais que tratem desse assunto; sou a favor, sim, que se trabalhe a identidade de gênero em sala de aula; assim como sou a favor da preparação/formação profissional do docente para trabalhá-lo adequadamente, não da forma como foi exposta nesta audiência, com exemplos, expressões e opiniões irrelevantes, contraditórias e bizarras.

Outra questão: o problema todo, pelo que foi explorado, foi o fato dessas discursões de gênero serem introduzidas já a partir da Educação Infantil. Outra contradição, pois as crianças, nessa modalidade, ainda não possuem a maturidade suficiente para compreender esses aspectos de identidade, uma vez que estão em formação psíquica e física. Por outro lado, a partir do Ensino Fundamental Maior (6º ao 9º ano) em diante pode-se, sim, discuti-lo, o público, digamos, já é mais amadurecido.

De forma geral, o que percebi de fato foram discursos contraditórios e, por que não dizer, retrógados. Uma ressalva importante (na verdade, compreendo bem a resposta): Por que o(s) palestrante(s) não se mostrou, minimamente, imparcial ao assunto? E, a partir de sua imparcialidade, o povo realmente opinasse? Que contradição, não?! Enfim. Pois seu ponto de vista ficou bastante claro e evidente. Além do mais, o próprio vereador (não me recordo o nome) deixou bem claro: “Na verdade, nós já havíamos decidido a reprovação do PME (ou sua modificação), apenas o reconfirmamos agora, a partir da democracia” Afirmaram não quererem ser os responsáveis pela desestruturação familiar, pela usurpação de valores, muito menos consentir que o Estado decida por eles, pais e mães, o futuro de seus filhos, se aprovada essa lei. Pois, é. Em momento algum a interpretei desse modo. Mas, enfim, foi desaprovada, só falta à sanção do prefeito.

Sem mais delongas, se vocês pensam que esse assunto deve ficar e continuar dissociável do espaço escolar, por acreditarem influenciar seus filhos e filhas a serem/tornarem homossexuais, e compete à família (só e somente a esta) tratar do que for conveniente a ela, à sociedade, à opinião externa, ao modelo de família... Bom, acredito muito no poder de transformação que a educação (tanto escolar quanto familiar) possui e pode proporcionar, mas, já nos dizia, muito bem por sinal, Paulo Freire que “ninguém é sujeito da autonomia de ninguém”. E não adianta virar as costas, tapar os ouvidos e tratar com desdém assuntos tão relevantes quanto esse, fingindo que isso não existe, que não é realidade e que não é interessante para a escola. É só refletir e perceber que o público escolar não é homogêneo, assim como a sociedade também não.


Amanda Carla, Mulher, Universitária (UNEAL), Professora e Militante da PJMP.

Prefeito Beto Baia deverá ser julgado pela câmara municipal

Tribunal de justiça autorizou à retomada da comissão processante que deverá apresentar em breve o relatório final e solicitar do presidente a marcação da sessão de julgamento


Beto Baia com assessoria de imprensa


 A câmara Municipal de União dos Palmares teoricamente deveria ser referencia para o estado, levando em consideração a experiência e formação da maioria dos parlamentares. A casa de lei é formada por advogados, vereadores veteranos, inclusive com cinco mandatos, contudo não é o que se vê, a câmara está muito aquém do desejado.

Os vereadores que hora é situação, hora é oposição nunca conseguiram concluir uma investigação do Poder executivo, foi assim com a CEI de Kil do charque, CEI do SAAE que nunca saiu do papel, CEI laranja baia e tantas outras investidas de denuncias pirotécnicas.

Após a guerra que durou 18 meses na tentativa, sem êxito, de afastar o prefeito Beto Baia, a moçada da oposição recuou e resolveram investir na difícil tarefa da reeleição, contudo essa semana o vereador Fabian Holanda que prova pela primeira vez o gosto de ser oposição, informou que retomará os trabalhos da comissão processante e que no máximo em oito dias solicitará do presidente Cícero Aureliano a marcação da sessão de julgamento, que mesmo sabendo do resultado favorável ao prefeito, se emprenhará em realiza-la, pois esse poderá ser o primeiro e quem sabe o último processo a concluir na câmara municipal.  

Portanto, quem apostou em vestir saia se não afastasse o prefeito Baia em 60 dias, para não ficar feio, espere o carnaval e pague sua promessa e aproveite e cante a machinha: “Por onde Beto passa ele esquece o povo... neutralizou a câmara e quer ser prefeito de novo...”.
É LOITA. 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Vereadores focam o gênero e esquecem a essência do Plano Municipal de Educação - PME

Preconceito e falta de Informação norteiam as discussões nas câmaras municipais




Enquanto alguns parlamentares se intitulam “defensores da honra e os bons costumes”, temas importantes são deixados de lado mediante a falta de foco e de interesse da câmara e da comunidade. Ao invés do preconceito, os vereadores deveriam está discutindo o financiamento da educação básica, as metas de ensino, as políticas adotadas para diminuir evasão escolar, os baixos índices do ideb, concurso público, valorização profissional.

O plano deverá ser colocado em pauta na sessão dessa segunda feira, 24, esperamos que as questões da educação sejam discutidas.

É PARLAMENTAR OU PRA LAMENTAR.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Os vícios e maus costumes da política palmarina

Candidatos deixam ideologia de lado e buscam o  “poder”.

Adicionar legenda

A corrida para a disputa eleitoral já começou em União dos Palmares, o primeiro passo já foi dado com a procura de formações de grupo. A necessidade de filiação partidária, grupo homogêneo, além de ajuda financeira tem deixado os pré-candidatos inseguros, pois aqueles que marchavam em lados opostos poderão está junto agora, se diz o velho ditado “na política só não se ver boi voar”.

A maioria dos candidatos “lisos” já estão se aproximando do grupo do  prefeito Baia, que mesmo com 1500% de rejeição ainda é detentor do poder e das regalias da “galinha dos ovos de ouro”, contudo a falta de crédito do gestor ainda é o grande obstáculo enfrentado pelo governo.  O prefeito que foi eleito com a maior fusão partidária da história política de União dos Palmares, não cumpriu com os compromissos firmados na última campanha, agora terá que inve$$$tir pesado para reconquistar  a credibilidade dessa turma. 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Procuradoria vai denunciar Cunha e Collor por corrupção na Lava Jato

Collor: suspeito de receber 26 milhões em propina 


A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve denunciar, entre esta quarta-feira, 19, e amanhã, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás. A informação foi confirmada ao Estado por fonte com acesso às investigações.

As denúncias, por corrupção e lavagem de dinheiro, serão as primeiras envolvendo políticos com prerrogativa de foro. Elas são baseadas em depoimentos de delatores da Operação Lava Jato e em provas colhidas pelo Ministério Público Federal em diversas fases da investigação, entre elas as buscas em imóveis de Collor, na chamada Operação Politeia, em julho.

O senador do PTB é suspeito de receber R$ 26 milhões em propinas, entre 2010 e 2014, desviados da estatal petrolífera. Esses recursos teriam sido usados para a compra de carros de luxo, apreendidos no mês passado pela Polícia Federal.

Cunha foi citado por um dos delatores da Lava Jato, o empresário Júlio Camargo, como beneficiário de suborno de US$ 5 milhões. O valor teria sido pago para facilitar a assinatura de contratos de afretamento de navios-sonda entre a Samsung e a Diretoria Internacional da estatal, controlada pelo PMDB.

Tanto Cunha quanto Collor negam participação em desvios e se dizem vítimas de perseguição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.


Fonte: Estadão acessado 19/08 às 22h.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Sessão Ordinária 19/2015 Câmara Municipal de União dos Palmares




Data: 17 de agosto de 2015
Início: 19h: 40min  
Chamada: faltou Joaquim de Brito
ATA aprovada sem discussão

Breve comentário:
Presença dos membros da assembléia de Deus

Expediente da semana:
Ofício do Poder legislativo enviando balancetes dos meses de maio e junho de 2015
Ofício de Joaquim de Brito informando está de licença por 30 dias
Projeto de lei do Poder Executivo que doa um terreno localizado no conjunto Nova Esperança e à Igreja Assembléia de Deus;
Projeto de lei do Poder Executivo que doa um terreno localizado no conjunto Newton Pereira à Igreja Assembléia de Deus;
Projeto de lei do Poder Executivo institui o conselho da juventude
Projeto de lei de Cícero Aureliano que atribui título de cidadã palmarina a Maria Betânia Barros da Silva – Irmã Beta;
Projeto de Lei de Cícero Aureliano que concede a comenda Jorge de Lima José Ferreira da silva Filho – mestre Garça;
Projeto de Lei de Alan Elvis que nomeia as ruas do bairro Taquari

Ordem do dia: Nada planejado

Facultada a palavra
Fabian Holanda
Solicita que a mesa diretora que veja a possibilidade jurídica de diminuir a quantidade de vereadores para 10;
Antonio Rozendo
Oficio para Cego filme parabenizando pelo evento trilha da liberdade;

AGENDA
Segunda feira, 24: Reunião com os lideres de partido para escolher o relator e membro da CEI da SEMED
Quinta feira, 20: Audiência pública para discutir o Plano Municipal de Educação - PME

Às 21h: 30min a sessão é encerrada.

Produção:
Professor Nivaldo Marinho. Com
Programa Mesa Z
Face: Nivaldo Marinho

Twitter: @nivaldo_mesaz

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Vereador propõe diminuir 05 vagas na câmara a partir das eleições de 2016

Vereador Fabian Holanda solicitou da mesa diretora que estude a possibilidade de promover a mudança para valer a partir das eleições de 2016

Vereador regatiano Fabian Holanda

Nessa segunda feira, 17, o vereador Roberto Fabian (PTB), solicitou da mesa diretora que estude a proposta juntamente com o setor jurídico, para ver a possibilidade na justiça eleitoral de diminuir o número de vagas na câmara, ou seja, passar de 15 para 10 vereadores, tendo em vista as eleições de 2016. O parlamentar, que está no seu quinto mandato, não justificou o motivo da solicitação, contudo poderá se tratar de uma estratégia política.

E você caro leitor, o que acha da proposta do vereador? Você está satisfeito (a) com esses 15 vereadores? Diminuir as vagas é a solução?
É PARLAMENTAR, OU PRA LAMENTAR?

sábado, 15 de agosto de 2015

Agosto, um mês de suicídio, renúncia e mortes na história da política brasileira

Tiro de Getúlio Vargas no coração, saída meteórica de Jânio Quadros do Planalto, desastre de JK e adeus de Arraes, no mesmo dia do neto, Eduardo Campos, comoveram o Brasil

O caixão com o corpo de Getúlio levado por uma multidão

O oitavo mês dos calendários juliano e gregoriano poderia ser pulado na política brasileira. Com os seus longos 31 dias, agosto entrou para a História do Brasil marcado por tragédias. O mês viu de tudo: de suicídio e renúncia de presidentes da República até mortes de ícones da política nacional. Entre eles, o ex-presidente Juscelino Kubitschek e Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco e símbolo da esquerda no país, morto no mesmo dia do seu neto, Eduardo Campos, 13 de agosto.
Há 60 anos, completados no próximo dia 24, o presidente Getúlio Vargas se matou, no Palácio do Catete, com um tiro desferido no próprio coração. O líder da Revolução de 30, pai dos pobres e fiador da modernização do país, virou mito e adiou, por dez anos, a chegada dos militares ao poder. Uma comoção nacional tomou o Brasil inteiro pela morte de Getúlio, então presidente eleito. Ele voltara nos braços do povo, vitorioso nas urnas em 1950 — embalado pela marchinha “bota o retrato do velho outra vez/ bota no mesmo lugar” —, cinco anos após o fim do seu período de ditador no Estado Novo (1937-1945). Somente em 1964, com o golpe que depôs João Goulart, começaria o regime militar, que se prolongou até 1985.
Por sinal, Arraes, um mito nas ruas de um dos mais politizados estados do país, também voltaria ao poder, numa eleição histórica para governador, em 1986. Após anos de exílio, na verdade, a população estava devolvendo ao avô de Eduardo Campos, que morreria em 13 de agosto de 2005 após ocupar por três vezes o Palácio do Campo das Princesas (sede do governo estadual), o que os militares haviam tomado em 1964, quando, governador, fora deposto.
Três anos antes do golpe de 64, uma crise política sem precedentes sacudiu o Brasil. Eleito com o discurso de que varreria a corrupção, Jânio Quadros renunciou à Presidência, em 25 de agosto de 1961, por considerar inviável governar sob a Constituição de 1946. Ele não tinha apoio das esquerdas, do PSD e, muitas vezes, até da UDN. Alguns historiadores defendem a tese de que, ao deixar o governo, Jânio planejava voltar com o apoio do povo, num golpe branco que não vingou. Em meio a pressões dos militares e à campanha legalista comandada pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, Jango assumiu. A solução foi o parlamentarismo, negociado para garantir a sua posse, e com Tancredo Neves como primeiro-ministro. Com poderes reduzidos, Jango trabalhou pela volta do presidencialismo. Um amplo apoio também se firmava pelo “não” ao parlamentarismo no plebiscito: Carlos Lacerda, JK, Arraes e Brizola, por exemplo. Todos interessados em uma eleição em 1965, que não ocorreu devido ao golpe militar.
Não foi em agosto, mas quase. Um dos líderes do regime militar e seu primeiro presidente, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco morreu em 18 de julho de 1967, também num desastre aéreo. Na época ex-presidente (Costa e Silva o sucedera em março no Palácio do Planalto), Castelo Branco estava no avião que se chocou com um jato de treinamento da FAB, em Fortaleza. O acidente ocorreu às 9h45m, quando o avião do governo do Ceará fora buscar o ex-presidente em Quixadá, na fazenda da escritora Rachel de Queiroz.
Durante os anos de chumbo, um novo desastre abalou o país. No dia 22 de agosto de 1976, o ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu num acidente de carro na Via Dutra. No quilômetro 165 da rodovia, o Opala que o levava de São Paulo para o Rio ultrapassou a mureta divisória e bateu de frente num caminhão. Na época, a polícia chegou a investigar a hipótese de um ônibus ter batido de propósito na traseira do carro, dirigido por Geraldo Ribeiro. Porém, o motorista do coletivo acabou absolvido por falta de provas. Em 1996, o corpo de JK foi exumado, e o laudo oficial concluiu que ele morrera num acidente .
Dois anos antes de morrer, JK recuperara seus direitos políticos, cassados após o golpe de 64, e pretendia voltar à vida pública. Para desgosto de multidões que choraram a sua morte pelo país, o sonho havia acabado. Em seu funeral, em Brasília, 300 mil pessoas se despediram do líder mineiro, cantando a música que marcara a sua vida: o “Peixe vivo”.
Fonte: OGLOBO.COM acessado em 15 de agosto 11:34h