Nessa terça feira, enquanto estava no
cartório eleitoral a fim de prestar contas dos gastos na campanha eleitoral,
presenciei uma cena inusitada na discussão de alguns colegas que concorreram às
eleições proporcionais. O que chama a atenção é que todos os candidatos eleitos
rezam a mesma cartilha: “Meus votos não foram comprados, mas de amigos”.
Contudo a frase que chamou a atenção
de todos os presentes partiu de um dos candidatos eleitos: “Não comprei votos,
ajudei pessoas necessitadas com remédios, exames, uma ajuda para feira, um colchão...”
Se isso não é compra de votos, mudaram o significado e esqueceram-se de nos
avisar.
O que pode ser
caracterizado como compra de voto?
A compra de votos é o ato do candidato que propõe ao eleitor
que lhe dê seu voto em troca de algum bem ou vantagem que lhe é entregue ou
oferecido. Promessas de emprego e da compra de votos diretamente com dinheiro,
cestas básicas, dentaduras, óculos, sapatos, roupas, ajuda para obter
documentos, pagamento de fianças de presos, cimento, areia, pedra, tijolos e
outros materiais de construção, ferramentas, insumos agrícolas, uniformes para
clubes esportivos, bolas e redes, remédios, cadeiras de rodas, pagamento de
contas atrasadas, caixões de defunto e transporte para enterros, remoções
gratuitas em ambulâncias, som para festas, bolsas de estudos, financiamento de
festas de formatura, de aniversário, batismo ou casamento, de quermesses, de
bancos ou torres de igreja... São caracterizadas como compra de votos.
Fonte: Comitê
Contra a Corrupção Eleitoral de Registro-SP.