Opinião:
Quase uma
totalidade do diabo!
Por Reinaldo Sousa
Uma “Boa
Política” não se faz apenas com “Boa Vontade”. Não basta querer fazer política
e “Eureca” tudo se faz. É preciso mais que isto. Para Platão, o primeiro
problema a ser superado, para se fazer política, é justamente a ideia de que
qualquer pessoa sabe fazê-la. Para ele,
a política resulta de um “dom” muito especial, o domínio de uma arte, que nem
todas as pessoas tiverem o privilégio de ter.
Assim, para
se fazer política, Platão propõe a compreensão de, ao menos, três tipos e arte:
primeiro o que classificou de artes auxiliares como a arte dos artesãos em
confeccionar seus artesanatos ou dos pastores em pastorear; segundo a arte
produtora como a habilidade em plantar, em comercializar etc. e, terceiro, a
arte de saber conduzir os homens, ou a política propriamente dita. É esta
habilidade especial que não pode, e não deve, sob pena de criarmos uma
totalidade do diabo, ser confundida com a habilidade de elaborar leis,
fiscalizar homens e ações.
É preciso,
sobretudo em tempos de eleições, distinguir entre aqueles que simplesmente
possuem habilidades para oratória, para planejar ações, daqueles (ou daquelas)
que, além disto, conseguem pensar as pessoas, o coletivo e, sobretudo, sabem
pensar e fazer pelos mais pobres da sociedade.
Fonte: http://www.professorreinaldosousa.com/eventos/